Criada estratégia nacional para acelerar diversificação

O ministro da Economia, Abrahão Pio dos Santos Gourgel, informou que está concluída a estratégia que visa dar maior celeridade ao processo de diversificação da economia angolana, que actualmente está muito dependente do sector petrolífero.

De acordo com o ministro, para o efeito, será necessária a criação de uma base económica sólida e diversificada, que permite diminuir a dependência das importações de produtos de consumo e a elevada dependência das exportações do sector petrolífero.

“Para alcançar estes objectivos foi aprovada uma estratégia assente na aceleração do desenvolvimento de clusters estruturantes que visam desenvolver de modo sustentável a nossa economia através de um aumento da riqueza não petrolífera” disse, para depois acrescentar que o “programa de aceleração do processo de diversificação da economia está concluído e esperamos que seja aprovada muito rapidamente”.

Mais adiante referiu que esse programa de aceleração da diversificação económica baseia-se na criação dos seguintes clusters estruturantes: alimentação e agro-indústria, actividade extractiva, cadeia produtiva de petróleo e gás, habitação, serviços, água e energia, e, finalmente, transportes e logística.

De acordo com Abrahão Gourgel, a implementação desta estratégia assenta em três elementos chaves, nomeadamente nos projectos aceleradores da diversificação (abreviadamente PAD); que no dizer do ministro constituem a vanguarda da fileira produtiva; nos programas dirigidos e nas condições transversais que asseguram que existam as melhores condições para realizar negócios na economia como um todo.

Mega investimento

Relativamente aos PAD, acima referidos, já foram seleccionados um total de 36 mega projectos para o sector produtivo que possibilitará a criação de 41.000 empregos directos num investimento superior a 22 mil milhões de dólares.

Os sectores da agricultura, pecuária, agro-indústria, petróleo e gás, energia, geologia e indústria pesada, além do turismo e dos transportes, irão concentrar grande parte dos investimentos.

Segundo Abrahão Gourgel, para capitalizar a execução destes projectos, o Estado ajudará a mobilizar financiamento de quatro mil milhões de dólares até final do próximo ano. Para efeito, o mecanismo financeiro a utilizar pelo Estado se baseará na cabimentação orçamental dos ministérios com tutela sobre a área do projectos, recursos próprios das entidades estatais envolvidas, garantias estatais para assegurar créditos, fundo soberano, fundo de capitais de risco e Banco de Desenvolvimento Angolano (BDA).

Participação das EP

Abrahão Gourgel enfatizou a necessidade das empresas públicas (EP) desempenharem um papel preponderante na execução dos chamados projectos estruturantes. Para o efeito, será necessário criar as condições de base, isso implica as melhores práticas de regulação, de gestão, de governação, formação de quadros, boas condições de acesso ao financiamento, serviços e infra-estruturas.

“Essas são as condições transversais para o sucesso das metas preconizadas” disse, acrescentando que a diversificação deve ser alcançada através da implementação de projectos estruturantes de modo a criar um bom ambiente de negócios ou investimento para os projectos subsequentes.

Segundo o ministro, todo processo só será possível contando com recursos humanos com competência técnica e administrativa. Por isso, o plano nacional de formação de quadros prevê investimentos públicos de até três mil milhões de dólares até 2010 em formação de apoio a diversificação económica.

Por sua vez, as empresas do sector público ligadas a logística e transportes vão consumir um investimento 3,9 mil milhões de dólares na implementação de uma rede nacional de plataformas logísticas, além da previsão de investimento de 4,3 mil milhões por ano na construção e ampliação dos portos.

No segundo fórum de negócios do sector empresarial público (SEP), foi possível tomar-se contacto directo com as várias estratégias que os departamentos ministeriais equacionam para dar resposta à crescente procura por serviços e produtos de âmbito local.

Fonte: Economia & Finanças

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